terça-feira, 1 de setembro de 2009

Biblioteca Monteiro Lobato

PATRONO DA BIBLIOTECA MONTEIRO LOBATO

José Renato Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 em Taubaté, São Paulo. Modificou seu nome para José Bento Monteiro Lobato, desejando usar a bengala do pai gravada com as iniciais J.B.M.L. Ficou órfão aos 17 anos e permaneceu sob a tutela de seu avô, o Visconde de Tremembé.

Em 1904 bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1911 seu avô faleceu deixando como herança uma fazenda, quando Lobato passou de promotor a fazendeiro.

Leu e escreveu muito nessa fase da vida, trabalhou no meio rural e colaborou com inúmeros jornais e revistas. Criou o polêmico Jeca Tatu, personagem símbolo de sua obra.

Em 1917 vendeu a fazenda e mudou-se para São Paulo. Comprou a Revista do Brasil e publicou aos trinta e seis anos seu primeiro livro: Urupês. Foi dono de editora, jornalista, crítico de arte, tradutor e adido comercial da Embaixada Brasileira nos Estados Unidos durante quatro anos. Em 1929 lançou o livro Circo de Escavalinho, onde surge o Sítio do Picapau Amarelo, com Emília e seus imortais personagens.

Faleceu em 4 de julho de 1948, em São Paulo, deixando obras tanto para crianças e adolescentes quanto para adultos. Modernizou a indústria editorial brasileira, lutou pela preservação do nosso petróleo e por um Brasil mais moderno.

“No dia em que todas as cidades do Brasil tiverem uma biblioteca infantil, o Brasil está a salvo de todos os males, porque todos os males do Brasil têm uma causa única: a ignorância dos adultos, justamente porque não lhes foi despertado o amor pela leitura quando eram crianças”.

(Depoimento dado por Monteiro Lobato no dia da inauguração da biblioteca)
Algumas obras: Urupês (1918); O Saci Pererê: resultado de um inquérito (1918); Cidades mortas (1919); Idéias de Jeca Tatu (1919); Negrinha (1920); A menina do narizinho arrebitado (1920); Contos escolhidos (1923); As aventuras de Hans Staden (1927); As reinações de Narizinho (1931); Emília no país da gramática (1934); Aritmética da Emília (1935); O escândalo do petróleo (1936); O museu da Emília (peça de teatro 1938); O Picapau Amarelo (1939); A reforma da Natureza (1941); Literatura do minarete (1948).


HISTÓRICO DA BIBLIOTECA MONTEIRO LOBATO
A Biblioteca Infantil Municipal foi criada em 14 de abril de 1936 como parte de um amplo projeto de incentivo à cultura elaborado por um grupo de intelectuais liderado por Mário de Andrade, então diretor do Departamento Municipal de Cultura.

É a mais antiga biblioteca infantil em funcionamento no Brasil e precursora de outras similares, tanto no município como no interior do estado de São Paulo, graças à educadora Lenyra Camargo Fraccaroli, que, além de dirigir a biblioteca até 1960, também incentivou e supervisionou a construção de bibliotecas infantis em vários bairros da capital.

A biblioteca começou em uma casa na Rua Major Sertório, onde se iniciaram atividades para atrair as crianças em torno do livro e da leitura, tais como: coleções de selos e moedas antigas, sala de jogos, sala de revistas, A Voz da Infância (jornal feito pelas crianças), hora do conto e sessões de cinema sonoro. O escritor Monteiro Lobato vinha à biblioteca contar histórias para as crianças.

O espaço ficou pequeno pela alta freqüência de crianças e, em 1945, a biblioteca mudou-se para a antiga casa do senador Rodolfo Miranda, na Rua General Jardim, onde hoje existe a praça da biblioteca.

Nesse novo espaço as atividades foram ampliadas e em 1947 foi criada uma sala destinada às crianças cegas, a seção braile, que atualmente funciona no Centro Cultural São Paulo, e também foram iniciados os Congressos de Literatura Infantil e Juvenil. Ao lado desta casa foi construído o prédio atual da biblioteca, na Rua General Jardim, 485 - inaugurado em 24 de dezembro de 1950.

Em 1955, a biblioteca passou a denominar-se Monteiro Lobato em homenagem ao escritor que tanto encanta crianças, jovens e adultos.

Nesse prédio moderno, o acervo de livros foi aumentando e novas atividades foram criadas: sala de artes, discoteca, seção de livros raros, teatro de Bonecos, o acervo Monteiro Lobato, o Teatro Infantil Monteiro Lobato/TIMOL, a Academia Juvenil de Letras, programação de peças de teatro, sala de vídeo, banco de textos teatrais, visitas monitoradas com escolas e tantas outras.

ACERVO DA BIBLIOTECA MONTEIRO LOBATO

A biblioteca conta com um acervo de 59 mil volumes, constituído por obras de literatura infantil, juvenil e literatura geral, além de livros didáticos, paradidáticos, dicionários, enciclopédias, jornais, revistas, recortes, mapas, atlas, CD's, DVD's, fitas cassete, CDROM's, entre outros.

Parte do acervo já pode ser encontrada no catálogo online do Sistema Municipal de Bibliotecas. Informe-se sobre outros títulos existentes, pessoalmente ou pelo telefone 11 3256-4122 .

Banco de textos teatrais da Biblioteca Monteiro Lobato, o acervo, com cerca de 3500 volumes, é constituído por peças teatrais, livros teóricos e técnicos de teatro e áreas afins; atende estudantes e interessados em linguagem teatral.

Gibiteca -Espaço dedicado às Histórias em Quadrinhos, reúne aproximadamente 3500 exemplares de álbuns, gibis, mangás e RPG.

Literatura Infantil e Juvenil - coleção de obras especializadas atende pesquisadores, especialistas, estudantes e outros interessados na história das bibliotecas infanto-juvenis (necessário agendar previamente).

A Seção de Bibliografia e Documentação da Biblioteca Monteiro Lobato conta com um dos mais importantes acervos do país em literatura infantil e juvenil. É responsável pela publicação da Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil desde 1941.

Coleção de obras raras: em literatura infantil nacional e estrangeira e acervo referente à vida e obra de Monteiro Lobato; com cerca de 4500 mil itens e é basicamente formado por doações da família do escritor: livros, fotografias, mobiliário, objetos pessoais e correspondências.

Livros Escolares-Acervo Histórico de Livros Escolares - AHLE. A partir do material encontrado em bibliotecas infantis, foram selecionadas cartilhas, manuais de ensino e obras didáticas publicadas desde 1895. Conjunto de livros que contempla disciplinas escolares dos cursos elementar e secundário.

Memória Documental-O arquivo histórico-documental da biblioteca reúne a história do departamento das bibliotecas infanto-juvenis com documentos e fotos do Timol, Tibbim, Turistinhas Municipais, Academia Juvenil de Letras e o Jornal A Voz da Infância.

Endereço: Rua General Jardim, 485Vila Buarque - 01223-011 - São Paulo, SP
Tel.: 11 3256-4438 e 11 3256-4142
Horário: 2ª a 6ª feiras das 8h às 18h, sábados das 10h às 17h.

A Sala de Leitura, a Gibiteca e a área de leitura de periódicos abrem também aos domingos das 10h às 14h
Diretora da Biblioteca: Rita de Fátima Gonçalves Pisniski
e-mail: bcsp.mlobato@prefeitura.sp.gov.br

fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/monteiro_lobato/index.php?p=9

Um comentário:

  1. Sempre gostei do sitio do pica pau amarelo quando criança não perdia um capitulo mas, recentemente perdemos a primeira Emilia fiquei muito triste assim como muitas pessoas

    Reny de Oliveira era a boneca de trapos Emilia, que viamos na RTP, na década de 1980, na série Sítio do Picapau Amarelo, inspirado na obra de Monteiro Lobato. Mas antes dela, Dirce Migliaccio foi a primeira Emilia da Rede Globo. Foi na década de 1970 que interpretou a boneca marota que nem sempre distinguia o bem do mal, mas que tinha um coração imenso.
    Dirce Migliaccio, morreu na terça-feira, no Rio de Janeiro, aos 75 anos de idade.
    http://educaremportugues.blogspot.com/2009/09/morreu-primeira-emilia-do-sitio-do.html

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